sábado, 30 de janeiro de 2010

Chaplin

Era de meu interesse publicar algumas críticas de novos lançamentos por aqui. Só, que nessa semana, algo de surpreendente aconteceu. Sempre há, nas prateleiras das melhores locadoras, algumas pérolas escondidas, que, às vezes, nunca são apreciadas da forma que deveriam. Qual foi minha surpresa quando constatei que, em 1992, uma cine-biografia do eterno e primeiro mestre do cinema, Charles Chaplin, havia sido lançada. Do elenco, grandes nomes do atual cinema: Dan Akroyd, uma jovem Diane Lane, a filha de Chaplin, Geraldine Chaplin. E, interpretando o próprio, Robert Downey Jr. Sim, ele mesmo, o Homem de Ferro Tony Stark e atual Sherlock Holmes. O longa, assinado pelo premiado diretor Richard Attenborough, de Ghandi, não poderia esperar resultado menos decepcionante. E a profecia se cumpriu.

O roteiro do filme foi baseado na Autobiografia de Chaplin, tendo assim uma maior aproximação do memso. Começando na sua miserável infância e indo até seus últimos dias, o filme emociona pelo fato de podermos conhecer a história desse grande homem: engraçado e mágico na frente das telas; triste e amargurado na vida real. Robert Downey Jr. impressiona no papel-título, me fazendo arrepiar em várias sequências, provando seu imenso talento como ator, quando encarna, de corpo a alma, o lendário Chaplin, merecendo destaque para a cena do "nascimento" do Vagabundo, o clássico e inesquecível personagem do diretor Inglês.

Pra quem deseja assistir a cinebiografia, uma dica é válida: assista, primeiro, todos os títulos principais e obrigatórios da obra de Charles, que são: "O Garoto", "Luzes da Cidade", "Tempos Modernos", "Luzes de Ribalta" e "O Grande Ditador". O filme é apenas um complemento à eles.

Uma experiência como poucas, esse filme é uma pérola cinematográfica pouco discutida, injustamente pouco cultuada, e imensamente memorável. Válida, principalmente, para a grande legião de fãs de Charles Chaplin. No final, restam sorrisos e lágrimas. Marcas registradas e corriqueiras de todas as obras dele.

Nota: 10/10

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. esse cara sabe escrever um comentário reparem que ele não pois nenhum sopilers, além de deixar o leitor com vontade de ver o filme, ele e o cara

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  3. Acho que não existe ainda, com o devido respeito aos cineastas de cada época, alguém que tenha marcado o cinema da forma como Chaplin fez. A ironia bárbara com que ele consegue atrair o público... fantástico. Adorei a dica, vou procurar o filme :).

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