terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Abraços Partidos

Recém chegado da sessão em que assisti "Abraços Partidos", várias opiniões passaram pela minha cabeça. O novo e aguardado longa do genial Pedro Almodóvar, que não tinha um novo título desde 2006 - ano do excelente "Volver" - volta a brindar as telas com seu estilo sempre marcante e seu elenco de cabeceira. Porém, não em tão excelente forma.
Apesar de este ser, tecnicamente, o mais formidável de todos os longas do diretor, no quesito história Almodóvar decepciona um pouco. Dentre os muitos temas, tramas e personagens que permeiam a projeção, a bagunça do roteiro se arma justamente ali, onde o filme se encontra perdido e extremamente irregular, alternando entre momentos tristes, alegres e dramáticos sem coerência, deixando o expectador - no meu caso - perdido.
No quesito atuações, fazendo jus à toda obra Almodovariana, o elenco é sempre semelhante ao de seu filme anterior. E, como em "Volver", ele é encabeçado, mais uma vez, pela exuberante e sempre excelente Penélope Cruz e Blanca Portillo.
Se a vez de Almodóvar fracassar chegou? Sim, acredito! Não completamente, já que o vigor técnico ainda se mostra extremamente inabalado, como as fortes cores e a iluminação invejável. Mas que, no meio de sua bela homenagem ao cinema, o diretor escorregou, isso aconteceu. Só espero que isso não aconteça mais vezes. O cinema precisa de Almodóvar. E sempre em excelente forma.

Nota: 6/10

Um comentário: